quinta-feira, 3 de setembro de 2009

afresno

Técnica de pintura que deve o nome ao fato de que precisava ser realizada nas paredes ou tetos (preferencialmente de nata de cal, gesso ou outro material apropriado) enquanto o esboço ainda estava úmido (ou fresco), na sua utilização, as tintas ou pigmentos em geral devem ser granulados, reduzidos ao pó e depois misturados à água. Dessa forma, as cores podem penetrar nas superfícies úmidas como parte integrantes delas. Por ter ótima durabilidade em países onde o clima é seco, foi particularmente aplicada nesses lugares, como o norte da Europa e a Itália (com exceção de Veneza). O fato dos afrescos secarem rapidamente, obrigava o pintor a vencer o tempo de secagem, ser ainda mais rápido, ter traços firmes e propósito claro.

Outro fator limitante era a enorme dificuldade de se realizar correções posteriores. Provavelmente utilizada desde a antiguidade, especula-se que eram afrescos as paredes pintadas na ilha de Creta antiga (principalmente no período de 2.500 a.c a 1100 a.c) ou na antiga Grécia. É encontrado ainda fora da Europa, nas pinturas chineses e hindus. Porém Giotto é seu primeiro grande mestre, sendo após dele largamente usada na Renascença Italiana (os artistas da época pensavam que somente pigmentos naturais eram ideais em afrescos).

Pintores como Masaccio, Rafael, Michelangelo são alguns exemplos dos que utilizaram a técnica em suas obras. A partir do século XVIII seu uso começa a ser cada vez mais escasso (Tiepolo é o último dos grandes nomes da pintura italiana a pintar afrescos). Porém, nos séculos seguintes ela encontra novos momentos de valorização, como entre os pintores alemães do século XIX Nazarenes e Cornelius e no século atual, entre os muralistas mexicanos, Riviera, Orozco e Siqueiros.

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